segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Belitas

Não obstante o dia ter sido vivido com inquietude e até alguma angústia , reconheço a distância que separa o meu estado actual daquele por mim vivido há uns meses atrás , nomeadamente desde que comecei a escrever neste "diário" .

É com satisfação e admiração que registo as diferenças de perspectiva especialmente no que toca a esta terra e a esta casa , apesar de quase tudo estar ainda por fazer.

A Belitas foi hoje o centro dos meus pensamentos. Fui propositadamente a Coimbra para lhe pedir desculpa mas não a encontrei em casa. Ainda esperei um bocado . Em vão. Conduzi num estado de nervos assinalável , em semi transe , fora de mim. A coragem de lhe falar quase se perdeu .

Esta pendencia trouxe consigo a dolorosa sensação de que o passado não se pode emendar , que aquilo que se fez ou se disse , não pode ser mais modificado. Nessa linha de pensamento recordei com amargura , tristeza , raiva e revolta , a venda da Catrina , desastre sem remédio , com o qual , por insondáveis designios ,na altura concordei .

Muito do que fiz na vida , foi feito em estado de transe ou de pré transe , numa inexplicável inconsciência.