terça-feira, 29 de março de 2011

Lei, que lei?

O ser humano é complexo , isso todos nós sabemos.
Não é só nos domínios da psiquiatria, psicologia , sociologia , medicina ou filosofia que se fica a perceber essa complexidade. Na leitura de informação jurídica e de alguma legislação ficamos também com clara percepção dessa complexidade e por isso entendo a intrincada malha que a Lei tece para poder enquadrar o comportamento humano mas , c'o diabo não seria possível simplificar? será que tentar captar o detalhe da acção humana pela luz da lei será bom caminho?

Fico com a ideia que neste país , à complexidade natural do ser humano , se acresceu uma irracional e desmedida complexidade ao edifício legislativo e jurídico tornando -o num labirinto kafkiano , perigoso e ameaçador dos direitos , principalmente dos mais fracos.

Não será só por aqui com certeza que a teia da lei é complicada , mas fico com uma carregada impressão que por cá a coisa toma proporções gigantescas no que à confusão diz respeito.

Fico com a ideia que as portas ficam abertas para tudo. Para o sim e para o não , em simultâneo.

Depois é o descalabro que a toda a hora vimos noticiado na televisão e nos jornais. Acções , recursos e mais recursos até à exaustão ou ao esquecimento.Até que o tempo nos esgote.

domingo, 27 de março de 2011

Reveses da fortuna

Um tanto derrotista , é como me encontro agora. Derrotista mas não derrotado, assim quero crer, assim terá que ser.

Descobrir que em vez de um homem de confiança existe um filho da puta , um velhaco , um impostor , um parlapatão - estaria toda a noite a adjectivar o indígena - não tem sido fácil. Não tem sido fácil , pelo facto em si e pelos danos colaterais que causa , nomeadamente no relacionamento com a família. A situação agrava - se mais uma vez que o meu sangue aquece e volta e meia perco as estribeiras , perdendo o norte , perdendo o tino , perdendo , por consequência , tempo.

domingo, 20 de março de 2011

Solavancos

Aos solavancos é como me sinto a caminhar mas , do mal o menos , sinto - me a caminhar. Sempre adiei tudo , tudo mesmo , na esperança de um amanha melhor , de um momento mais  adequado para fazer as coisas , daquela altura certa.

Sinto que chegou a hora de deixar de adiar , porque essa atitude redunda numa desistência de tudo. Entre outras consequências este meu comportamento fez com me sinta só  e , pior do que isso, tornou - me num solitário , quase eremita .  Não há razões para isso . Nada justifica essa atitude , de nada , nada mesmo , me serve a continuidade dessa atitude.

Amanhã - que é sempre longe demais - irei falar com o H. e dizer - lhe que acabou a festa , o regabofe , o desnorte , enfim , o viver à custa de coisa alheia.

sábado, 5 de março de 2011

Exausto

Há uma linha ténue a separar o bem do mal ,o bem estar do mal estar. É nesse lugar que me encontro agora. Perto de estar feliz, perto de estar triste. Próximo de estar contente, próximo de estar zangado.

Muito se deve ao facto de estar cansado. O esforço fisico desta semana , aliado a algum stress fizeram com que o discernimento soçobrasse e a lucidez se afastasse um pouco.

Valerá a pena este caminho? A pergunta ergue-se por cima de tudo.
Tenho deixado de lado alguma coisa para me entregar a um projecto cujos contornos ainda não consigo perceber na plenitude.