quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Família

O meu pai perdeu a mãe quando ainda não tinha um ano de idade. Esse acontecimento trágico marcou - lhe a vida para sempre. Mas marcou a minha também.
Ele e o irmão , meu tio , foram criados pelo avô , com a ajuda de uma governanta/preceptora , uma vez que o pai , após a morte da mulher , não teria tido , porventura , condições para o fazer.Tanto quanto sei , o meu bisavô , depois de uma atribulada ida para o Brasil , retornou com algumas posses , o que permitiu aos dois irmãos terem , por algum tempo ,uma vida despreocupada e desafogada do ponto de vista material. O pai deles , meu avô , que não conheci , teve alguns azares e contratempos nos negócios e acabou a vida , segundo consta , com bastantes dificuldades financeiras e que terá tido consequências posteriormente na vida do meu pai.
A história deste lado da minha família é para mim pouco clara e algo nebulosa uma vez que o meu pai pouco falava do seu passado. O pouco que conheço fica a dever - se a relatos esparsos ouvidos à minha mãe , outros tantos escutados às minhas primas directas e alguns a um ou outro familiar mais afastado que , de quando em vez, quando se proporcionam as circunstancias , fala do assunto.
Eu próprio , quer se fique a dever a características de personalidade ou se responsabilize o enquadramento familiar , nunca interroguei muito sobre a genealogia da família , tendo - me posto , portanto , um pouco de parte acerca das venturas e desventuras que aconteceram , como sempre acontecem em todas as famílias.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Passagem do tempo

Agora que me encontro com 54 anos , percebo como o tempo passa a uma velocidade enorme , contrariando cruelmente a sensação , tantas vezes repetida , da lentidão na passagem das horas que outrora tinha .

Interrogo - me  , simultaneamente , de como fui e sou capaz de desperdiçar tanto tempo ou com coisa nenhuma ou com receio de viver.