quinta-feira, 9 de abril de 2020

Dormi quase nove horas e relativamente bem. Quase sem interrupções. Desde há uns meses que de vez em quando , ou melhor , com alguma frequência ,  durmo no chão do escritório. Ao princípio improvisava uma cama feita de várias almofadas estendidas em linha umas atrás das outras , ao lado da cama do cão , cobria-me com duas mantas e assim dormia com alguma incomodidade física. Isto começou quando o gato Pimpão desapareceu misteriosamente e eu , infantilmente , achei que o meu cão , que o tinha como companheiro e amigo desde que veio para minha casa, precisava de uma companhia alternativa. Depois  foi-se fazendo hábito. Entre ir dormir sózinho para o quarto , que é até mais húmido e frio , e ficar cá por baixo juntamente com o meu cão , num local mais pequeno de ambiente mais quente ,  foi fácil a escolha. Fui aprimorando o conforto do novo leito e hoje em dia são talvez mais as vezes que por aqui durmo do que aquelas que acontecem no lugar onde normalmente deviam acontecer.

Por estes dias , há momentos em que quase não consigo raciocinar , ver televisão , ler ou até mesmo ouvir música. A cabeça está cheia de notícias e de leituras acerca da mesma coisa. É muito difícil escapar. A pandemia domina o planeta



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